Dique La Florida: Argentina reportou famoso caso ufológico aos EUA

Dique La Florida: Argentina reportou famoso caso ufológico aos EUA
Um ser saindo de um disco voador assustou pescadores no Dique La Florida e documento mostra que Argentina reportou o caso aos EUA
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O Caso Dique La Florida ( (ou represa La Florida) é um dos mais importantes da casuística ufológica argentina. Em 1978, testemunhas presenciaram um ser humanoide descendo de um disco voador na cidade de San Luis. O caso foi investigado não apenas pelo governo argentino, mas também reportado aos Estados Unidos. Isso levanta questionamentos e suspeitas sobre quais outros países da América do Sul subordinaram suas investigações sobre o fenômeno aos Estados Unidos.

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Trecho do relatório onde é admitido o encaminhamento das informações aos EUA (Reprodução com tradução)
Trecho do relatório onde é admitido o encaminhamento das informações aos EUA (Reprodução com recorte e tradução)

Oficialmente, a Argentina começou a investigar o fenômeno UFO há mais de cinco décadas. Em junho de 1958, o Ministério da Aeronáutica criou um núcleo para analisar e classificar relatos. Em 1963, a Marinha Argentina implementou um modelo de ação inspirado no famoso Projeto Blue Book da Força Aérea Americana. Como parte dessa iniciativa, foram elaborados 2.000 formulários para coleta de informações, utilizados em diversas regiões sob jurisdição da Marinha.

Em fevereiro de 1978, um grupo de pescadores do município de San Luis relatou um evento extraordinário: um contato de terceiro grau com um disco voador e seu ocupante. A Polícia Federal e a Força Aérea Argentina foram acionadas, coletando depoimentos que, posteriormente, foram entregues a um oficial da 5ª Brigada Aérea. Este oficial afirmou, em suas próprias palavras, que precisou enviar um relatório aos Estados Unidos.

Há muito se sabe que países sul-americanos frequentemente se subordinam aos EUA em diversas questões. No campo ufológico, não parece ser diferente. Há quem acredite na existência de um acordo tácito, segundo o qual países como Brasil, Argentina e outros devem reportar eventos relacionados a OVNIs às agências de inteligência ou militares norte-americanos.

Há alguns anos, um documento sobre o Caso Dique La Florida trouxe novos indícios que corroboram essa suspeita, indicando que a ligação entre as investigações ufológicas sul-americanas e os Estados Unidos é mais profunda do que se imaginava.

O documento confirma a prática da Argentina de reportar informações sobre eventos aéreos incomuns para os Estados Unidos. Trata-se do relatório policial feito após o incidente na Represa La Florida. A recuperação do expediente é atribuída ao pesquisador cubano Virgilio Sánchez Ocejo e marca um momento importante na ufologia argentina, pois fornece a primeira evidência escrita de que os relatórios sobre OVNIs na Argentina eram enviados aos EUA.

Segundo o blog Factor 302.4, do pesquisador Alejandro Agostinelli, os arquivos policiais do caso Dique La Florida não fizeram parte de nenhuma “desclassificação oficial”. Eles apenas começaram a circular. O dossiê chegou às mãos de pesquisadores ligados ao Center for UFO Studies (CUFOS) e, nos anos 80, cópias também chegaram à Comissão de Investigações Ufológicas (CIU), um grupo de pesquisas da argentina.

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O Caso Represa La Florida

Na madrugada de 4 de fevereiro de 1978, seis pescadores à beira da represa La Florida, em San Luis, Argentina, viveram uma experiência que marcaria suas vidas para sempre e se tornaria um dos casos mais conhecidos da ufologia no país. O grupo, composto pelos irmãos Genaro, Pedro e Ramón Sosa, além de Regino Perroni, Jacinto Lucero e Manuel Álvarez, havia planejado uma noite tranquila de pesca e churrasco à margem do lago. No entanto, o destino tinha outros planos.

A capa da antiga revista Siete Días, que tratou do ocorrido em San Luis
A capa da revista Siete Días, que tratou do ocorrido em San Luis

Por volta das 4h15 da manhã, a tranquilidade da noite foi perturbada quando Perroni avistou algo estranho no céu. Inicialmente, ele notou uma figura cruzando em frente à lua, mas o grupo rapidamente descartou como sendo uma estrela cadente. Pouco depois, enquanto três deles dormiam, uma luz intensa e branca surgiu inesperadamente de um morro próximo, iluminando toda a paisagem como se o sol tivesse nascido prematuramente.

Na direção da luz, os pescadores avistaram um objeto metálico em forma de pires invertido, com cerca de 15 metros de diâmetro, flutuando a poucos metros do chão. Ele emitia luzes intermitentes em verde e vermelho, criando um espetáculo surreal. O cenário, já impressionante, se tornou ainda mais extraordinário quando uma escada desceu do objeto e um ser humanoide de cerca de dois metros emergiu. Vestido com um traje prateado brilhante e um capacete transparente que deixava visível seu rosto humanoide de traços finos e cabelos loiros, o ser irradiava uma presença ao mesmo tempo serena e enigmática.

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Os pescadores observaram incrédulos enquanto o ser permaneceu por alguns minutos, antes de retornar ao objeto, que então desapareceu no céu em alta velocidade, deixando-os atordoados e com uma história que os marcaria para sempre.

O ser não parecia caminhar, mas sim deslizar suavemente sobre o terreno inclinado, com uma movimentação quase flutuante. Ele se aproximou da margem do lago e parou a uma distância de apenas 15 metros dos pescadores, separados pela água. Com calma, levantou as mãos em um gesto que os presentes interpretaram como um sinal de amizade ou até uma oferta simbólica de paz. Os pescadores ficaram em silêncio, completamente hipnotizados pela cena diante deles.

Ilustração do tripulante do disco voador feitas pela extinta revista Cuarta Dimensión, do pesquisador Fabio Zerpa (Reprodução)
Ilustração do tripulante do disco voador feitas pela extinta revista Cuarta Dimensión, do pesquisador Fabio Zerpa (Reprodução)

A interação durou menos de um minuto. O humanoide então se dirigiu de volta à nave, subiu pela escada que logo foi recolhida, e o OVNI decolou em direção ao nordeste, subindo em círculos antes de desaparecer rapidamente no horizonte. O rastro luminoso deixado pela nave foi visível por alguns segundos, antes de se desvanecer sobre as montanhas de San Luis. Curiosamente, o fenômeno não foi exclusivo do grupo de pescadores. Outros moradores da região também relataram avistamentos semelhantes naquela mesma noite.

Atônitos, os seis homens trocaram olhares incrédulos, tentando compreender o que haviam presenciado. Perroni em seu interrogatório afirmou: “Foi como se o objeto tivesse entrado em um cofrinho quando desapareceu.” O caso foi investigado pela Polícia de San Luis, pela Polícia Federal local e por uma equipe de especialistas chefiada pelo investigador Fabio Zerpa.

No local, foram encontradas marcas no solo que sugeriam o pouso e a decolagem de um objeto pesado. Embora não houvesse vestígios diretos de pegadas de um ser humanoide, os relatos das luzes e a descrição do objeto foram consistentes entre todos os testemunhos, o que ajudou a consolidar a credibilidade do evento.

Mas o que realmente chama a atenção no episódio é a resposta das autoridades. O tenente-coronel Raúl López, chefe da polícia provincial, foi responsável pela primeira declaração oficial que reconheceu a presença de um humanoide originado de um OVNI. A declaração destacava a aparição de “um ser com características humanas” que teria descido de um disco voador.

A Divisão Científica da Polícia, juntamente com a Faculdade de Ciências Físico-Matemáticas e Naturais da Universidade Nacional de San Luis, realizou uma análise de radioatividade no local, mas os resultados não indicaram níveis anormais, descartando a presença de materiais altamente reativos. Contudo, ufólogos argumentam que isso não descredibiliza os fatos, uma vez que nem sempre quando há caso de pouso de OVNIs, rastros radioativos são deixados.

O Caso Dique La Florida rapidamente alcançou reconhecimento internacional. A combinação de testemunhas coerentes, algumas evidências físicas e apoio institucional o transformaram em um dos episódios mais documentados e confiáveis da ufologia argentina.

Revelação alimenta suspeitas da ufologia brasileira

Sabe-se do grande poderio e influência dos norte-americanos em todos os âmbitos globais. Os EUA possuem uma extensa rede militar, com armas, bases e acordos em todo o planeta. Além disso, detêm tecnologia de ponta em quase todos os setores.

Os Estados Unidos foram o primeiro país a criar um órgão especificamente focado em monitorar ameaças do espaço, o Air Force Space Surveillance System, em 1959.

Também foram eles, juntamente com o Canadá, a criar o NORAD (North American Aerospace Defense Command), uma organização binacional responsável pela defesa aeroespacial da América do Norte, em 1958.

Em 2019, os EUA estabeleceram a primeira “Força Espacial” do mundo.

A interferência norte-americana sobre outras nações se estende até mesmo aos assuntos mais exóticos, como parece ser o caso dos UFOs, que não escapam de seu “domínio”, é claro.

Não é de hoje que os ufólogos brasileiros denunciam a atuação dos Estados Unidos em solo nacional. É de amplo conhecimento o consenso entre os entusiastas do tema que os EUA têm “acompanhado de perto” os eventos ufológicos em todo o mundo.

Operação Prato o mais emblemático da ufologia

A Operação Prato e até mesmo o caso Varginha são dois dos maiores e mais relevantes casos nacionais nos quais diversas pesquisadores suspeitam ter havido ao menos “um pezinho norte-americano”. E agora, sabendo-se que a Argentina reportou oficialmente — e talvez ainda reporte — suas investigações sobre fenômenos anômalos não identificados aos EUA, essa “pulga atrás da orelha” só se amplifica.

Em suas entrevistas, Uyrangê Holanda, então comandante da Operação Prato, afirmou que o material coletado pela Força Aérea Brasileira, incluindo filmes e fotografias, foi arquivado pelo Comando Militar, e que partes desse acervo, como relatórios e negativos, foram retidos pela Aeronáutica. Baseados em suas afirmações, muitos ufólogos especulam que alguns desses materiais confiscados e não devolvidos foram entregues aos EUA como parte de um acordo de cooperação oficial.

Até hoje, os entusiastas da Ufologia aguardam a liberação dos filmes relatados pelos militares durante os incidentes em Colares e regiões próximas. Muitos, igualmente convictos, também se perguntam: “onde estão os corpos dos seres de Varginha?”.

Pois bem, agora, ao menos para a perspectiva pessoal de cada um, pode haver uma resposta.

A seguir, os documentos conhecidos do caso para download:

Expediente-Policial-Dique-La-Florida-1

Expediente-Policial-Dique-La-Florida-2

Expediente-Policial-Dique-La-Florida-3

Expediente-Policial-Dique-La-Florida-DGI-i-Nro-2759-20marzo1978

Expediente-Policial-Dique-La-Florida-Memo-R-DGI-sl-Nro118-marzo1978

 

Com informações de Infobae.com, Codigooculto.com e Fator 302.4.

Júlio Tavares

Júlio Tavares é um entusiasta da Ufologia, um interessado pelos mistérios, um cauteloso divulgador ufológico, criador e editor do site Ovniologia.

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