Grupo suspeita de queda de UFO no Mato Grosso
A Associação Matogrossense de Pesquisas Ufológicas e Parapsicológicas–AMPUP– está apurando uma informação, em princípio, bombástica: a suposta queda de um objeto voador não identificado próximo à cidade de Nova Brasilândia, no Mato Grosso.
O fato teria ocorrido no dia 1º de junho, mas apenas no início de julho a notícia chegou à capital do Estado, Cuiabá. A notícia era publicada, ainda sem muitos detalhes, no jornal local A Gazeta, no Correio Braziliense (de Brasília) e no Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), uma equipe da AMPUP dirigiu-se para a cidade, distante cerca de 260 km da capital, no dia 7 de julho na tentativa de desvendar o mistério.
Segundo o presidente da Associação, Ataide F.S. Neto, tudo o que há de concreto até agora é que alguma coisa realmente caiu na região. O pesquisador da entidade, que está mantendo a comunidade Ufológica informada principalmente através da Internet, explicou que um grande número de moradores nas redondezas relata a mesma ocorrência: uma ‘bola de fogo’ que iluminou o céu por volta das 20 horas daquele 1º de julho.
Os testemunhos coincidem também na revelação de que aparentemente, o estrondo do impacto do objeto com o solo foi ouvido num raio de 160 quilômetros, seguido de enorme clarão que durou cerca de um minuto. As testemunhas ouvidas pela AMPUP e por jornalistas de diversos veículos, entre eles jornais locais e redes de TV como Record e SBT, afirmaram ter sentido um tremor de terra logo após o impacto.
Segundo Ataide, tudo indica que a colisão tenha ocorrido numa localidade chamada Serra Azul, próxima à cidade de Nova Brasilândia, que fica a 200
quilômetros de Chapada dos Guimarães, local já conhecido dos pesquisadores da Ufologia pela grande quantidade de avistamentos de supostos UFOs.
Afirmações e desmentidos
Depois de percorrem a região por longo tempo, e sem encontrar o local exato da queda, os pesquisadores da AMPUP retornaram a Cuiabá. Dois dias depois, em 9 de julho, o Jornal do Brasil publicou matéria retomando o assunto, agora com o depoimento do vaqueiro Gilberto Braga, que mora em Nova Brasilândia, e única pessoa que teria tocado o objeto. “Parece uma bola de ferro, maior do que um trator, que soltava um cheiro esquisito”, descreveu ele ao jornal. A reportagem contou também com o testemunho do secretário municipal de Indústria e Comércio de Nova Brasilândia, Cláudio Picci, que, tendo presenciado o deslocamento do objeto no céu, afirmou: “Era um objeto em forma de disco, com uma luz intensa”.
Enquanto isso, seguindo os comentários da cidade, a imprensa chegou à fazenda do senhor Divino Fogoió, há mais ou menos a 70 quilômetros do município. Acompanhados do Corpo de Bombeiros e policiais militares, os jornalistas teriam sido impedidos de entrar na fazenda. O fazendeiro teria dito que só permitirá a entrada de pessoas autorizadas “pelo governo federal”.
Apesar de alguns moradores questionarem a credibilidade de Fogoió, várias testemunha ouvidas pela AMPUP e jornais que estão acompanhando a história afirmaram ter visto o fazendeiro portando o que seria um pedaço do objeto, com o intuito de dirigir-se a Cuiabá para vendê-lo.
Assim, no dia 10, Ataide Neto, acompanhado de uma equipe de reportagem da TV Gazeta, retornou à cidade numa nova tentativa de esclarecer o mistério. Ao encontrar o vaqueiro Gilberto Braga, diante da câmera de TV ligada, este negou ter presenciado qualquer fenômeno. No entanto, após a equipe terminar a entrevista, segundo Ataide, o vaqueiro teria dito a Luiz Henrique, cinegrafista da TV Gazeta, que “de hoje (10 de julho) para amanhã, vocês vão ficar sabendo o que aconteceu”.
Fato semelhante ocorreu com outra testemunha que, segundo amigos e conhecidos, teria comentado a visão de um objeto aparentemente metálico, do tamanho de uma caminhonete, mas com formato redondo e parte da estrutura enterrada, numa região próxima à fazenda Campina Verde, aos fundos da propriedade de Fogoió. Essa testemunha, localizada e identificada apenas por Heleno, teria dito ao presidente da AMPUP e aos jornalistas, rispidamente, “não sei onde este negócio está, eu não vi nada, eu não sei de nada, eu não escutei nada”.
Acompanhando uma equipe de reportagem do SBT, o presidente da AMPUP sobrevoou a região na tentativa de localizar o suposto objeto. A empreitada, no entanto, não obteve sucesso e até o momento a história não foi esclarecida. A Associação se comprometeu a continuar apurando o caso. Vigília continuará atenta aos desdobramentos para divulgar futuras atualizações.