Hycean: os planetas aquáticos recém-descobertos que podem abrigar vida alienígena
Na busca por vida alienígena astrônomos da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, encontraram uma nova classe de exoplanetas: os Hycean, ou planetas aquáticos.
Os planetas aquáticos são mundos rochosos cobertos por oceanos com atmosferas ricas em hidrogênio a 35-150 anos-luz de distância de nós.
De acordo com os cientistas os planetas Hycean podem ser até 2,6 vezes maiores que a Terra e ter temperaturas atmosféricas de até 200 graus Celsius (392F).
Predominantemente rochosos ou gigantes de gelo, nestes planetas a vida poderia existir apesar do oxigênio ou do ozônio não serem tão abundantes.
Hycean: os planetas aquáticos
Exoplanetas são planetas que estão fora do nosso Sistema Solar. Eles orbitam outras estrelas, ou seja, fazem parte de outros sistemas planetários.
Até 2020 a NASA já havia confirmado a existência de mais de 300 milhões de exoplanetas.
Já os recém-descobertos exoplanetas aquáticos são mais observáveis do que planetas semelhantes à Terra devido à sua temperatura, tornando-os mais fáceis de detectar com os telescópios atuais.
De acordo com os cientistas, a novidade pode significar que a descoberta de bioassinaturas de vida fora do nosso Sistema Solar é uma possibilidade real nos próximos dois ou três anos.
Vida alienígena em Hycean
Os astrônomos esperam poder usar o Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA, que será lançado no início do próximo ano, para encontrar bioassinaturas de vida alienígena nesses mundos.
O candidato mais promissor, o exoplaneta K2-18b, já está na lista de observações do telescópio americano. A expectativa é que a presença de bioassinatura se confirme.
“Uma detecção de bioassinatura transformaria nossa compreensão da vida no universo”, diz Nikku Madhusudhan, cientista que liderou as pesquisas.
Espera-se ainda que o James Webb seja capaz de desvendar mistérios relacionados à formação do nosso Sistema Solar, a formação de buracos negros supermassivos e muito mais.
As descobertas foram publicadas no The Astrophysical Journal .
Com informações do Daily Mail
Imagem: Reprodução Amanda Smith/Universidade de Cambridge