Planeta descoberto a 117 anos-luz da Terra pode abrigar vida

Descoberto por pesquisadores da University College London (UCL), um planeta que órbita uma anã branca a 117 anos-luz da Terra pode hospedar água e possivelmente vida.
Tal descoberta foi alcançada quando os pesquisadores viram que um anel de detritos do tamanho da lua orbitava uma estrela anã branca conhecida como WD1054-226, na Via Láctea. Eles mediram a luz da estrela, usando dados de telescópios, e publicaram suas descobertas no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (Avisos Mensais da Sociedade Astronômica Real – em tradução literal).
Esse planeta, sugerem os especialistas, está em uma zona conhecida como “cachinhos dourados”, sustentando a existência de água e possivelmente a de vida. Pelas estimativas dos estudiosos, pode ser que seja habitável por, pelo menos, dois bilhões de anos – incluído um bilhão de anos no futuro.
Localizada a 117 anos-luz de distância, as mudanças na luz da estrela foram observadas durante 18 noites, com a utilização de uma câmera de ultra alta velocidade de um telescópio localizado no Chile, no Observatório de La Silla.
A Royal Astronomical Society afirmou que: “acredita-se que o planeta seja semelhante em tamanho ao dos planetas terrestres em nosso sistema solar. A distância aproximada entre o planeta e sua estrela, a WD1054-226 é cerca de 1,7% da distância Terra-Sol, aproximadamente 2,5 milhões de km)”.
Segundo Jay Farihi, principal autor do artigo e professor da UCL, “está é a primeira vez que os astrônomos detectaram qualquer tipo de corpo planetário na zona habitável de uma anã branca”.
Ele ainda acrescenta que era uma possibilidade emocionante a de que esses corpos pudessem ser mantidos em um padrão orbital tão uniformemente espaçado por causa da influência gravitacional de um grande planeta próximo.
“A possibilidade de um planeta maior na zona habitável é excitante e também inesperada; não estávamos procurando por isso”, disse Farihi.
Como nosso Sol se tornará uma anã branca em alguns bilhões de anos, o estudo de Farihi fornece um vislumbre do futuro de nosso próprio sistema solar.
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