Bases submarinas de OANIs em Ibiza?

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Por Pablo Villarrubia Mauso
Tradução: Luciane Bodaczny (especial para a Revista Vigília)

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Existe uma base submarina de OANIs (Objetos Aquáticos Não Identificados) debaixo das águas de Ibiza, na Espanha? A hipótese foi lançada, ainda que veladamente, pelo célebre escritor e ufólogo Antonio Rivera, em seu já clássico “Os Doze Triângulos da Morte” (Plaza & Janes, 1976). Traçando uma série de linhas em um mapa sobre as quais se dão maior incidência de aparições de OVNIs (linhas ortotênicas), Rivera encontrou um ponto de confluência de tais linhas em uma zona marítima entre Ibiza e Mallorca. E essa zona, “irradiadora de OVNIs ou OANIs” passou a ser um dos vértices de um triângulo, que alguns ousam chamar “Triângulo da Morte do Mediterrâneo”, também apontado pelo investigador santaderino (de Santander, Espanha) Jose Ignacio Amurrio, em uma onda ufológica registrada entre 1968 e 1969.

Em 1981 o astrônomo Ramón Compte Porta – que então residia em Mallorca – afirmava ter visto em 23 de junho de 1953 uma grande nave de aparência triangular sobre Ibiza, e também em 22 de maio de 1960 e em fevereiro de 1961. Em uma entrevista que concedeu ao escritor e investigador ibizenco Josep Riera, o astrônomo confessou sua crença na existência de seres extraterrestres e que Ibiza era um lugar privilegiado para observá-los.

Compte definiu então o “Triângulo de Ibiza” situando-o em um dos vértices da costa, em frente ao Puig Major (Mallorca), a costa de Ibiza e o sul de Cabrera, no paralelo 39. Esses lados medem aproximadamente 150km do Puig Major a Ibiza, 120km da costa ibizenca ao sul de Cabrera e 114km de Cabrera ao Puig Major. Neste espaço a atividade OVNI seria muito intensa.

Os aficionados pela criação de pombas se surpreenderam ao saber que entre a zona do mar que separa Mallorca de Ibiza, as pombas se desorientam, como se ali houvesse um potente campo magnético que se faz operativo esporadicamente. Também ocasionalmente seguem aparecendo estranhas luzes embaixo das águas de Ibiza sem que nada, até agora, tenha conseguido elucidar este mistério.

Avistamentos de OANIs

Josep Riera, a quem entrevistei em sua casa, em Ibiza, me falou sobre a possível existência desta base aquática de OANIs na região e como ele mesmo foi testemunha, em Fevereiro de 1976, da aparição de uma luz em San Coniera, que freqüentemente faz fato de sua presença. “Primeiro se deslocou lentamente, desceu sobre o farol de San Coniera e logo saiu a uma velocidade alucinante. A luz do farol se apagou durante mais de um minuto e meio, quando seu tempo máximo de rotação é de 45 minutos. E a luz desceu, não pude ver se desapareceu atrás da pequena ilha ou se escondeu-se no mar”.

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Segundo Josep Riera, em uma série de artigos que publicou nos anos 70 no “Diário de Ibiza”, as ilhas Bledas, a Conejera e outras ilhotas que a rodeiam são ricas em cavernas submarinas e esconderijos, onde se escondem as moréias, os polvos e outras espécies. “A profundidade da água é muito variável. Em alguns pontos não excede os 40m e em outros há caídas e fissuras que chegam, medidas com o sonar, a 200m”.

O investigador recorda que vários mergulhadores perderam a vida nestas águas, pescando ou mergulhando. Alguns escutaram estranhos ruídos em baixo de tais águas, que compararam com os golpes de um martelo a um tambor. Nunca se pode verificar a procedência destes barulhos ou estrondos metálicos.

Mais avistamentos na Conejera. Em 07 de Fevereiro de 1977, Antonio Torres Mariano, sua esposa, seu filho e a esposa deste observaram “como uma Lua inteira iluminada completamente iluminada completamente em seu interior, de cor laranja, com fortes faíscas e um ponto luminoso girando constantemente”. No mesmo dia e na mesma hora às 22:15, um casal proprietário de comércio viram o mesmo fenômeno durante cinco minutos encima da ilhota de San Coniera (Conejera), a esquerda do farol.

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O jornalista Nito Verder e Josep Riera, publicaram em 1977 vários relatos sobre a intensa onda ufológica daquele ano sobre Ibiza, no “Diário de Ibiza”, incluindo o caso de uma mulher, “Michèle B.”, que residia em Castell. No mês de abril observou, sobre o mirante de San Jose, um “sol branco e muito brilhante, comprido e grande”.

Além do mais, o objeto descrevia uma trajetória parabólica seguida de vários zig-zags e logo disparou até o alto até desaparecer. “Michèle B.”, depois deste avistamento, começou a desenhar os rostos de supostos extraterrestres mas o assunto não pode ser aclarado.

Observação precisa

Em Julho de 1978, numerosas testemunhas e um trabalhador do “Diário de Ibiza”, observaram, através de um teodolito (um instrumento de medição das distâncias orientado pela bússola e por corpos celestes), dois grandes focos de luz sobre a linha do horizonte, no mar, nas costa de Santa Eulalia. Cada foco se distanciava entre si uns 6km e a luz mais intensa estava a 35m sobre o nível do mar. A distância entre os observadores e as luzes era de 36km e a posição sobre o norte magnético era de 162 graus e 21 minutos.

Dificilmente se obtém cifras tão precisas em relação a parâmetros de distâncias de um OVNI. Tudo graças ao teodolito que dispunha de uma luneta com 180 de aumento. Se pode estimar com precisão a forma dos objetos. A luz mais potente possuía 17m de altura e 13m de comprimento, com uma forma simétrica e quatro focos situados sobre uma espécie de plataforma. O outro facho de luz tinha um só foco. As duas luzes iam desaparecendo e aparecendo sem nenhum tipo de ritmo.

Meia hora depois do avistamento, a 1:55 da madrugada, a distância entre os dois focos luminosos passou a 101km, começando a variar sua posição com extraordinária rapidez, até o extremo de alcançar velocidades de 30km por segundo. Em uma das ocasiões, o objeto mais luminoso submergiu, até as 3 da madrugada e voltou a levantar-se sobre o horizonte 35 minutos depois.

Outro aspecto importante do caso é que a bússola incorporada no teodolito sofreu um importante desvio magnético, igual à bússola de outra testemunha. Esta anomalia se manteve até começar a amanhecer, enquanto as luzes desapareciam lentamente no horizonte às 6 da manhã. “Lógico que não se tratavam de estrelas que, em um prazo tão grande de tempo, tivessem acendido ou desaparecido no horizonte. Muito menos de um avião, a velocidades tão excessivas”, me acrescentou Josep Riera.

Outra “zona quente” de Ibiza é a ilhota de Es Vedrá, onde estranhos fenômenos ocorrem já há alguns séculos e é um dos vértices do triângulo de aparições ufológicas do Mediterrâneo. Na frente da pequena ilha, o autor deste artigo encontrou a um nativo idoso que apenas balbuciava o castelhano e contou que, desde criança, observava muito esporadicamente, uma luz que desfilava entre algum ponto do mar e a estranha ilhota que aparece em tantos postais e que se impõe como uma grande pirâmide que emerge até um nível de 385m sobre as águas.

Fazem milhões de anos que Es Vedrá estava junto a Ibiza e hoje está repleto de cavernas de difícil acesso. A ilhota foi eleita pelo padre carmelita Francisco Palau para seu retiro espiritual em meados do século passado. O religioso teve várias visões místicas, como as estranhas luzes e até uma Virgem luminosa, que foi interpretada como manifestação do fenômeno OVNI e aparição de humanóides extraterrestres, respectivamente.

Pablo Villarrubia Mauso, colaborador de Vigília, é jornalista e escritor.

Redação Vigília

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