Estudo detalha registros de esferas voadoras na história da Ufologia

A busca por explicações para luzes misteriosas e objetos incomuns nos céus há muito intriga pesquisadores e entusiastas de fenômenos aéreos não identificados, conhecidos como UAPs (ou OVNIs). E nos últimos meses alguns formatos de supostas aeronaves “diferentes” têm chamado a atenção dos entusiastas do tema. Além dos diversos tipos discoidais e cilíndricos, velhos conhecidos da Ufologia, juntaram-se à família tipos ainda mais estranhos, como “arraia voadora”, “óvnis água viva” além do UAPs esféricos, qua aparentemente voltaram à ordem do dia.
Mas engana-se quem pensa que as esferas voadoras, em particular, são uma novidade na pesquisa ufológica. Muito menos o seu registro em foto e vídeo. Um extenso estudo conduzido pelos pesquisadores Vicente-Juan Ballester Olmos e Martin Shough, publicado em outubro de 2009, analisou um vasto banco de dados com mais de 12 mil casos de alegados UAPs captados em fotografia ou vídeo até o final de 2005.

O estudo denominado “Esferas nas Imagens de UAP Aéreos” foi publicado na plataforma científica Academia.edu, mas foi originalmente escrito como um relatório para o Projeto FOTOCAT, que é provavelmente o maior banco de dados de relatos de Fenômenos Aéreos Não Identificados (UAP) no mundo onde imagens fotográficas, cinematográficas ou em vídeo foram obtidas. Ballester Olmos é gerente do Projeto FOTOCAT e Martin Shough é associado de pesquisa do NARCAP (Nacional Aviation Reporting Center on Anomalous Phenomena), no Reino Unido.
Após aplicar critérios de exclusão rigorosos, filtrando casos já explicados de forma convencional, imagens sem objeto visível, eventos da Segunda Guerra e registros mal documentados, os autores selecionaram apenas 7 casos potencialmente interessantes de objetos esféricos avistados de aeronaves comerciais em voo para análise detalhada.
Um desses casos data de 30 de março de 1972, quando um objeto esférico foi fotografado de um avião sobre os Pireneus, na Espanha. No entanto, após examinar a imagem em alta resolução e contraste, os pesquisadores suspeitam que possa ser apenas um defeito ou mancha na revelação do filme fotográfico, já que o “objeto” apresenta contornos irregulares. Sem relatos de testemunhas oculares que tenham visto algo anômalo e com a completa falta de informações adicionais, torna-se impossível avaliar a natureza daquele registro.
Já em 7 de março de 1973, o caso intrigou os autores. Um objeto ovoide branco foi fotografado da aeronave Cessna C130 de um piloto chamado Luis Hoffmann, que sobrevoava Coronda, na província argentina de Santa Fe, a cerca de 450 metros de altitude. Segundo o relato, o piloto avistou e fotografou um objeto se movendo para oeste, muito próximo ao solo, sendo sua observação aparentemente corroborada por testemunhas em uma cidade vizinha minutos depois.
Analisando a escala angular do objeto na fotografia e confrontando com imagens de satélite da região, Ballester Olmos e Shough consideram plausível que o objeto medisse entre 4 a 5 metros de comprimento, mas destacam que não há como ter certeza de que era um objeto sólido. Eles levantam a possibilidade de que um efeito de “arrastamento” durante a exposição da foto pudesse ter deformado a imagem de um objeto originalmente mais esférico, viajando a uma velocidade entre 100 a 400 nós no referencial da aeronave. Porém, como nenhuma segunda fotografia pôde ser localizada, permanece a dúvida se houve realmente um fenômeno anômalo ou apenas um defeito fotográfico.
Um terceiro caso examinado remonta a 17 de julho de 1997, quando durante um voo da Guatemala para o México, a passageira Alicia Mendoza fotografou dois objetos brilhantes, sendo um deles aparentemente esférico, abaixo da asa de um Boeing 747 da KLM. Ao analisar os ângulos de iluminação e sombras na aeronave, uma possível explicação levantada pelos pesquisadores seria a de que o “objeto” esférico na verdade corresponderia aos holofotes de alguma plataforma de petróleo distante, no Golfo de Campeche, região conhecida por suas atividades off-shore. Mendoza, no entanto, afirmou que as luzes estavam niveladas com a altitude do avião.
Após examinar todos os 7 casos selecionados, os autores concluem que nenhuma das imagens analisadas fornece evidências inequívocas de objetos esféricos sólidos desafiando explicações convencionais. A maioria se revelou muito ambígua, sendo possível atribuir causas naturais mais rasteiras, como manchas no filme, reflexos, pássaros ou até mesmo pequenas gotas d’água na janela sendo interpretadas erroneamente como UAPs pelas câmeras.
Os pesquisadores reconhecem que o baixíssimo nível de informação disponível sobre os casos, a falta de cooperação de fontes e de investigações profundamente conduzidas à época dificultam muito as tentativas de esclarecer esses episódios décadas depois. Eles recomendam que a comunidade ufológica adote métodos mais rigorosos de coleta e análise de dados para aprimorar a pesquisa sobre UAPs e facilitar a captura objetiva de possíveis fenômenos autênticos.
Esferas insistem em continuar aparecendo
A despeito das conclusões desencorajadoras desse estudo, relatos de supostos UAPs esferoidais continuam a emergir nos dias atuais. Em agosto de 2022, por exemplo, um morador da Cidade do México alegou ter filmado uma esfera brilhante pairando sobre a região de Ciudad Nezahualcóyotl. Imagens semelhantes circularam nas redes de diversos locais, como Santiago, no Chile, e Moscou, na Rússia, gerando teorias de que poderiam ser sondas alienígenas.
Em 2014, uma esfera foi flagrada sobrevoando San Diego, nos EUA, produzindo um registro em vídeo incrível. Outro caso envolve uma esfera brilhante nos céus da Carolina do Norte, captada por um casal de youtubers. As esferas podem ser escuras ou metálicas, mas na maioria das vezes são luzes brilhantes.

Essas esferas não são apenas avistadas por pessoas comuns. Elas também foram filmadas por pilotos durante voos com suas aeronaves. Um exemplo é um vídeo feito por um piloto na Colômbia, considerado autêntico, embora não seja possível definir se o objeto é uma esfera perfeita ou algo geométrico.
No Brasil, há muitos relatos de objetos esféricos: durante o dia, vistos por pilotos, metálicos ou na forma de luzes brilhantes à noite. Esferas são bem comuns na Serra da Beleza (RJ), por exemplo. Um registro foi conseguido por uma família, em 15 de outubro de 2021.
Para cada caso há muitas teorias e tentativas de explicação. Investigadores independentes quase sempre chegam a explicações prosaicas como balões meteorológicos iluminados refletindo a luz do sol, balões de festa de mylar, balões juninos, etc. Mas sempre restam histórias controversas. Para quem acha que essas esferas são apenas lanternas voadoras ou balões, temos o curioso caso conhecido como Caso Sagrada Família. Este é um dos raros na Ufologia envolvendo tripulantes ciclopes (com um só olho) em uma esfera transparente!
Esses exemplos mais recentes reforçam a importância de uma abordagem cética e científica na investigação de UAPs. Apesar da fascinação do público por teorias extraterrestres, é essencial que os pesquisadores trabalhem com rigor na coleta e análise dos dados antes de buscar explicações extraordinárias. Como alertavam Ballester Olmos e Shough em 2009, apenas com métodos profissionais e trabalho árduo será possível esclarecer a real natureza por trás dos eventuais fenômenos autênticos que possam existir por trás dos inúmeros relatos de luzes e objetos misteriosos nos céus.
Meus caros amigos do Portal Vigília. Será que posso falar convosco? Este “mistério” que existe na Terra há muitos anos não poderá ser interpretado de forma “DEMOCRÁTICA”? Ou seja, que possa ser comentado de forma diferente da habitual? Os pontos ou outros aparecimentos que são quase todos os dias vistos no céu, seja de dia ou à noite, não poderão ter uma explicação diferente? Há mais de sessenta anos que investigo esses aparecimentos a que damos o nome de ÓVNIS ou UFOS, e dos quais também observei alguns, não poderão ter outra explicação? Se NÓS não esquecermos aquilo que muitas religiões afirmam que nós, nesta vida terrena, só estamos por cá o máximo 120 anos. Porque não podemos também dizer que depois não poderemos vir até cá, sem nos violentar, dizer isso mesmo? Nós não temos de EVOLUIR?
Aquilo que poderemos dizer acerca dos ÓVNIS não poderá ser, TAMBÉM, que afinal Eles, somos NÓS que de outro cosmos vimos até cá para nos alertar? Pensem nisto caros amigos. Porque não acreditar naquilo que muitas religiões afirmam. Ou naquilo que C.G.Jung nos deixou escrito em PDF no livro: “UM MITO MODERNO SOBRE COISAS VISTAS NO CÉU” que os Óvnis são aspetos do nosso próprio INCONSCIENTE? Não me digam que não podemos incluir esta ou outras interpretações na vossa pesquisa! Por que não? Muito obrigado.