Novo estudo brasileiro reforça hipótese do “Planeta Nove” no Sistema Solar

Novo estudo brasileiro reforça hipótese do “Planeta Nove” no Sistema Solar
Um novo planeta no Cinturão de Kuiper, no Sistema Solar? (Ilustração: Portal Vigília/Dall-E)

Um estudo liderado pelo pesquisador brasileiro Rafael Ribeiro de Souza, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), reacendeu o debate sobre a existência do chamado “Planeta Nove” — um corpo celeste ainda não observado diretamente, mas que pode estar escondido nos confins do Sistema Solar.

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A pesquisa, publicada na revista científica Icarus, utilizou simulações que modelam a evolução do Sistema Solar ao longo de 4,5 bilhões de anos. O objetivo foi analisar como a presença de um nono planeta influenciaria a formação e a trajetória de cometas e outros corpos celestes. Os resultados indicam que a inclusão desse planeta hipotético torna o modelo mais compatível com a configuração atual do Sistema Solar, especialmente em relação às órbitas excêntricas de objetos no Cinturão de Kuiper e na Nuvem de Oort .

Desde 2016, a hipótese do “Planeta Nove” tem sido considerada por astrônomos para explicar anomalias nas órbitas de objetos transnetunianos. Estima-se que esse planeta tenha massa entre 5 e 10 vezes a da Terra e orbite o Sol a uma distância entre 400 e 800 unidades astronômicas (UA) — ou seja, de 400 a 800 vezes a distância entre a Terra e o Sol .

Embora a existência do “Planeta Nove” ainda não tenha sido confirmada por observações diretas, estudos como o de Souza fortalecem a possibilidade de sua presença. A expectativa é que novos telescópios, como o Observatório Vera C. Rubin no Chile, que entrou em operação em 2025, possam fornecer evidências mais concretas nos próximos anos .

A descoberta de um novo planeta no Sistema Solar teria implicações significativas para a compreensão da formação e evolução planetária, além de representar um marco histórico para a ciência brasileira.

Hipótese japonesa propõe planeta semelhante à Terra além de Netuno

Teorizar sobre a existência do Planeta Nove em razão das discrepâncias nas informações das orbitas no sistema solar não é exatamente uma novidade. Mas o acúmulo de evidências que estão conduzindo a novas teorias recentemente é inegável.

Não faz muito tempo, uma pesquisa conduzida por astrônomos da Universidade Kindai, no Japão, também sugeriu a existência de um planeta ainda não identificado nos limites do Sistema Solar. No caso dos cientistas japoneses, no entanto, esse corpo celeste teria tamanho semelhante ao da Terra e estaria localizado além de Netuno, com uma órbita inclinada e distante.

A tese japonesa baseia-se na análise da dinâmica de objetos do Cinturão de Kuiper que mostram padrões incomuns de inclinação orbital. Para os pesquisadores, apenas um planeta com massa terrestre e órbita excêntrica poderia explicar esses desvios. A proposta japonesa difere do modelo do Planeta Nove, tanto em massa quanto em localização, o que sugere que múltiplos corpos ainda desconhecidos podem estar influenciando a borda externa do Sistema Solar.

Redação Vigília

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