Pilotos relatam objetos voadores não identificados nos céus do Ceará e FAB confirma

Pilotos relatam objetos voadores não identificados nos céus do Ceará e FAB confirma
Pilotos da Azul relataram eoncontro com luzes estranhas nos céus do Ceará. FAB confirmou diálogos (Ilustração criada com auxílio de IA)
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Pilotos da Azul Linhas Aéreas reportaram avistamentos de luzes não identificadas nos céus do Ceará no início de julho de 2024. Os relatos, confirmados pela Força Aérea Brasileira (FAB), descrevem objetos luminosos movendo-se de forma incomum em altitudes próximas às das aeronaves comerciais.

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No dia 7 de julho, por volta das 20h40, a tripulação do voo Azul 2527, em rota de Campina Grande para Fortaleza, fez o primeiro contato com o controle de tráfego aéreo sobre o avistamento. “Aparentemente, duas luzes circulando ao sul da Terminal Fortaleza”, informou o voo Azul 2527 ao se aproximar do destino.

O Centro Recife, responsável pelo controle de grande parte do espaço aéreo do Nordeste, confirmou que não havia outras aeronaves nas proximidades que pudessem explicar o fenômeno. “A aeronave mais próxima estava a mais de 100 km de distância”, respondeu o Centro Recife, descartando a possibilidade de ser o que os pilotos observavam.

Minutos depois, uma segunda aeronave, o voo Azul 2906 decolando de Fortaleza com destino a Belém, também reportou luzes estranhas, desta vez próximas a Itapipoca, no noroeste cearense. Os avistamentos ocorreram em diferentes pontos do litoral do estado, incluindo a região de Aracati.

Um aspecto intrigante dos relatos é que, apesar das observações visuais, nenhum dos objetos foi detectado pelos sistemas de bordo das aeronaves ou pelos radares de controle de tráfego aéreo. Quando questionados sobre a possibilidade de serem drones, os pilotos descartaram a hipótese devido à altitude dos objetos, similar à das aeronaves comerciais.

Consultada pela redação do Diário do Nordeste, a Força Aérea Brasileira confirmou a autenticidade dos áudios das comunicações entre pilotos e controladores.

Em nota oficial, a FAB declarou: “A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), informa que os áudios entre o Centro Recife e Controle Fortaleza com as aeronaves sobre o avistamento de luzes são verídicos.”

A instituição também informou que um formulário padrão do Sistema de Defesa Aérea foi preenchido com os dados coletados, os quais estão atualmente em posse do Decea para análise e comparação. “Algumas informações, como a cor do objeto, trajetória e altitude, ficaram incompletas antes da transferência do tráfego, foi necessário realizar uma coordenação entre os controles de área Recife e Terminal Fortaleza”, acrescentou a FAB.

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Luzes nos céus do Ceara remontam casos similares recentes

Os avistamentos recentes no Ceará relembram outros episódios semelhantes na história da aviação brasileira. Um dos casos mais notórios ocorreu em 19 de maio de 1986, conhecido como a “noite oficial dos ovnis“. Naquela ocasião, pilotos e controladores de voo relataram avistamentos de objetos luminosos nos céus de São Paulo e Brasília, levando inclusive à interceptação por caças da FAB.

A diferença, naquela oportunidade, é que os fenômenos foram detectados em radar — pelo menos três sistemas de radar diferentes, conforme documentos liberados nos Estados Unidos através da Lei de Liberdade de Informação (FOIA) daquele país. O caso até hoje levanta as mais diversas hipóteses, passando por tecnologias secretas estrangeiras, extraterrestres até alguma espécie de incursão de criaturas de plasma, mas continua sem explicação.

Mais recentemente, voos com destino a Porto Alegre ou em rota pela região também relataram encontros com luzes estranhas. Neste caso, no entanto, os ufólogos chegaram à conclusão de que satélites Starlink deveriam ser a causa dos relatos.

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Consultado pelo Diário do Nordeste, o professor de Astronomia e físico Ednardo Rodrigues, em suas análises sobre fenômenos semelhantes, apontou que muitos avistamentos podem ter explicações convencionais, incluindo experimentos militares secretos.

“Quando eu era pequeno, muito se falava dos ovnis em formato de charuto que atravessaram o céu em extrema velocidade. O pessoal falava que não seria possível uma nave feita pelo ser humano atingir tal velocidade. Hoje sabemos que se tratavam de naves militares que batiam várias vezes a barreira do som”, explicou Rodrigues.

Recentemente, a chegada da constelação de satélites Starlink aparentemente complicou a vida dos astrônomos e dos ufólogos. Mas ela coincide com um notável aumento no interesse pela Ufologia, acelerado pelo intenso debate sobre acobertamento que ocorre atualmente nos EUA.

Redação Vigília

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