Segundo ex-conselheiro de JFK, míssil dos EUA com raios-x desativou OVNI em 1962 e Marinha recuperou

Segundo ex-conselheiro de JFK, míssil dos EUA com raios-x desativou OVNI em 1962 e Marinha recuperou
Captura de tela da suposta filmagem do UFO de Vandenberg (Reprodução/Internet)

Uma narrativa surpreendente, vinda das memórias de um conselheiro próximo ao presidente John F. Kennedy, adicionou uma camada intrigante e tecnologicamente específica à já complexa tapeçaria de segredos militares e fenômenos aéreos não identificados (UAPs) da era da Guerra Fria. A dra. Pippa Malmgren, economista e ex-assessora presidencial, revelou publicamente o que descreve como um relato direto de seu falecido pai, Harald Malmgren, sobre um incidente ocorrido em 1962: a Marinha dos EUA teria não apenas detectado, mas também recuperado um objeto voador não identificado (OVNI), descrito como um “orbe”, durante um teste secreto de míssil.

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A revelação, detalhada inicialmente em seu blog no Substack e posteriormente repercutida pelo Daily Mail, ganhou ressonância particular no contexto da recente desclassificação de documentos relacionados tanto ao assassinato de JFK quanto aos UAPs, ordenada durante a administração Trump. Mas é preciso deixar claro, desde já, que até o momento não há notícias de que o episódio em questão conste da documentação em análise.

Segundo a Dra. Malmgren, seu pai, na época atuando como um importante conselheiro para a administração Kennedy, foi informado sobre um teste de míssil da Marinha no Oceano Pacífico através de um vídeo mostrado por altos funcionários da CIA e da Comissão de Energia Atômica. O objetivo era demonstrar a capacidade e precisão do arsenal americano em plena Guerra Fria. O míssil sendo testado, conforme detalhado por Pippa Malmgren em seu post “JFK, LeMay, Mary and that Fateful Day”, fazia parte de um teste ocorrido durante a Crise dos Mísseis de Cuba em outubro de 1962.

Tratar-se-ia especificamente de um teste de lançamento de míssil, realizado em 25 de outubro de 1962, equipado com o que Pippa descreveu como “uma máquina de raios-X no cone do nariz”, projetada para usar radiação para desativar um míssil nuclear inimigo que se aproximasse. Harald Malmgren, junto a outras autoridades (dra. Pippa menciona a possível presença ou conhecimento do General Curtis LeMay), teria sido posteriormente informado sobre o evento.

Ilustração de um disco voador na órbita da Terra emitindo um raio laser para desativar a ogiva de um míssil (Dall-E/Portal Vigília)

O evento, no entanto, desviou-se drasticamente do planejado. Conforme o relato transmitido por Pippa, logo após o lançamento bem-sucedido do míssil de teste, um objeto esférico e metálico, um “orbe branco”, surgiu inesperadamente e começou a interagir com o míssil em pleno voo, voando em círculos ao redor dele. “Meu pai descreveu um vídeo de um lançamento de teste de míssil de 25 de outubro de 1962, no qual um misterioso ‘orbe branco’ pode ser visto voando em círculos ao redor do foguete enquanto ele acelera no ar”. A interação não foi passiva. O orbe teria manobrado em torno do míssil a velocidades e ângulos que desafiavam a tecnologia conhecida da época. A situação teve um desenlace quando, segundo o relato, o intenso burst de raios-X do míssil de teste pareceu desativar o OVNI também.

Míssil com raios-x desativa OVNI

Aqui, o relato de Harald Malmgren, conforme transmitido por sua filha, introduz um elemento tecnológico crucial. A Dra. Malmgren detalha, baseada nas informações do pai, que o propósito original desta tecnologia era ser testada contra mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) inimigos, com o objetivo de “cegar” ou desativar seus sistemas eletrônicos através de uma intensa emissão de raios-X no espaço ou na alta atmosfera. “Os raios-X o derrubaram do céu. A Marinha dos EUA recuperou o orbe do oceano”, escreveu Pippa em sua postagem no blog de 18 de março, relatando a história de seu pai. O uso dessa arma específica contra o orbe adiciona uma dimensão extraordinária ao incidente: não apenas um encontro com um UAP, mas a desativação por um armamento avançado e secreto.

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“Nós os chamávamos de ‘tagalongs’, teria contado Harald, de acordo com a postagem no blog de sua filha. Nós derrubamos um ‘tagalong’ do céu”. A descrição do objeto recuperado, segundo Malmgren, contou à filha, era de algo não terrestre, com propriedades físicas que não correspondiam a nenhuma aeronave conhecida, humana ou estrangeira. O material seria leve, mas incrivelmente resistente. A propulsão era silenciosa e baseada em princípios desconhecidos. A recuperação teria sido feita sob o mais estrito sigilo, com todos os presentes jurando silêncio. A Dra. Malmgren enfatiza o peso que essa experiência teve sobre seu pai, que carregou o segredo por décadas.

A função do míssil de teste e sua carga útil experimental de raios-X já tornavam o incidente sensível. Mas a presença não autorizada de um objeto desconhecido, capaz de interagir com um teste de míssil, representaria não apenas uma falha de segurança, mas um encontro com uma tecnologia radicalmente diferente, exigindo uma resposta igualmente não convencional.

Décadas de silêncio e a revelação familiar

A forma como essa informação veio a público é, em si, parte da história. Não se trata de um documento oficial vazado, mas de uma memória familiar compartilhada. A Dra. Malmgren explica em seus textos no Substack que seu pai só compartilhou essa história completa com ela anos depois, enfatizando a natureza ultrassecreta da operação e as potenciais consequências de falar sobre ela. A decisão de Pippa de publicar o relato agora parece ligada a um senso de dever histórico e à percepção de um ambiente mais receptivo a tais discussões, possivelmente encorajado pelas recentes movimentações governamentais em relação aos UAPs. Ela qualifica a história como um relato pessoal de seu pai, uma testemunha ocular em posição de autoridade (embora as fontes indiquem que ele não testemunhou o evento, mas foi informado), mas reconhece a falta de provas documentais que ela possa apresentar.

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A possibly real video of a UFO disabling a nuclear warhead on a missile has just emerged. This video is very famous and talked about and until today there was no knowledge of a possible footage True.
byu/PositiveSong2293 inaliens


O segredo mantido por Harald Malmgren por tanto tempo reflete a atmosfera da época. A Guerra Fria era um período de paranoia e sigilo extremo, onde qualquer anomalia tecnológica ou incidente inexplicado poderia ser interpretado como uma ameaça soviética ou, para alguns poucos nos corredores do poder, algo ainda mais estranho. O desenvolvimento de armas como as de raios-X para defesa antimísseis era, em si, um campo altamente classificado. O seu uso num cenário tão bizarro como o descrito certamente garantiria o mais alto nível de confidencialidade. A menção ao General LeMay, conhecido por sua postura agressiva e seu suposto interesse (e ceticismo público ambíguo) em OVNIs, adiciona um tempero complexo e conspiracionista ao episódio. Se figuras de alto escalão estavam cientes ou envolvidas, o encobrimento seria quase garantido.

A Dra. Malmgren escreve sobre a carga emocional que seu pai carregava: “Ele ficou profundamente perturbado com o que viu porque desafiava suas noções de física, tecnologia e o lugar da humanidade no universo”. A decisão de finalmente compartilhar a história seria uma tentativa de honrar a experiência de seu pai e contribuir para um debate mais amplo que apenas recentemente começou a sair das sombras.

Relatos de UFOs perseguindo outros artefatos voadores humanos

Relatos de UAPs acompanhando o desenvolvimento aeroespacial humano são bastante comuns na Ufologia. Durante a Segunda Guerra Mundial, pilotos aliados e adversários relataram encontros com estranhas esferas luminosas que os seguiam em missões noturnas sobre a Europa e o Pacífico. Esses fenômenos ficaram conhecidos como Foo Fighters, objetos que aparentemente se deslocavam em alta velocidade, manobravam de forma inteligente e pareciam demonstrar interesse nas aeronaves militares. Embora inicialmente se suspeitasse de uma tecnologia secreta alemã ou japonesa, nunca foram encontrados indícios concretos de que tais dispositivos fossem de origem terrestre. Esse mistério perdurou e evoluiu para casos mais modernos, em que UFOs são supostamente avistados seguindo ou interagindo com veículos aéreos militares.

Foram aviadores da 415ª Esquadra de Caças Noturnos dos Estados Unidos que perpetuaram a expressão "Foo-Fighters" (caças-fantasma).
Foram aviadores da 415ª Esquadra de Caças Noturnos dos Estados Unidos que perpetuaram a expressão “Foo-Fighters” (caças-fantasma).

Existe até mesmo um suposto vídeo que circula há muito tempo na Internet, normalmente em formato de GIF, que mostraria a suposta interação entre um UFO próximo a um míssil de testes em Vandenberg, em 1964. O objeto teria emitido um feixe de luz em direção ao míssil antes deste sofrer uma falha. Há consenso na comunidade ufológica de que a maioria das versões desse vídeo em circulação em são recriações digitais usaras em trechos de documentários. Apenas especula-se, no entanto, que foram baseados relatos de experiência reais. E os relatos de fenômenos semelhantes persistem, com UFOs sendo observados nas proximidades de testes de armas nucleares e missões espaciais.

 


Casos mais recentes reforçam essa tendência. Desde os anos 2000, surgiram relatos de pilotos e operadores de radar testemunhando UFOs acompanhando caças e até drones militares. Testemunhos de ex-militares sugerem que esses objetos frequentemente aparecem em momentos estratégicos, como exercícios militares conjuntos ou testes de armamento avançado. Em 2014 e 2015, pilotos da Marinha dos EUA relataram a presença constante de UFOs no espaço aéreo controlado ao largo da costa leste americana, ocorrências registradas em vídeos cuja autenticidade foi atestada pela própria Marinha (embora isso não signifique, automaticamente, que sua procedência extraterrestre também tenha sido validada).

Militares da marinha americana relatam avistamento de ovnis

Ecos da Guerra Fria na era da transparência sobre UAPs?

É fundamental, como a própria Dra. Malmgren implicitamente reconhece, tratar esta informação como um relato, uma peça de testemunho oral transmitida entre gerações. Carece, até o momento, de confirmação oficial ou de evidências materiais corroborativas de fontes independentes. Documentos oficiais sobre testes de mísseis em 1962 podem existir, mas é altamente improvável que mencionem um encontro e desativação de UAP pelo próprio míssil de teste com arma experimental de raios-X, especialmente se o evento foi classificado no mais alto nível.

A contextualização com as recentes liberações de informações sobre o assassinato de JFK e sobre UAPs, ambas impulsionadas por legislação e ordens executivas (incluindo as da era Trump), é crucial. Embora a liberação dos arquivos de JFK ainda seja considerada incompleta por muitos pesquisadores, e os relatórios sobre UAPs do Pentágono sejam cautelosos e muitas vezes inconclusivos, quando não totalmente céticos, essas ações criaram um precedente. De toda forma, os entusiastas do tema UAP seguem otimistas com a possibilidade de uma mudança, ainda que tímida, na postura histórica de negação e sigilo absoluto do governo dos EUA sobre certos tópicos sensíveis.

Contudo, a ausência de provas concretas e a natureza de segunda mão do relato exigem cautela jornalística. A história de Harald Malmgren é uma adição fascinante e agora mais detalhada ao crescente corpo de testemunhos sobre encontros militares com UAPs ao longo das décadas. Ela se alinha com outros relatos de pilotos e pessoal militar sobre objetos que exibem capacidades de voo muito além da tecnologia conhecida. Se verdadeira, a história sugere que o conhecimento sobre a realidade dos UAPs dentro de certos setores do governo pode ser muito mais antigo, profundo e tecnologicamente envolvente do que se admite publicamente. A hipótese de que esses objetos possam estar monitorando o progresso militar humano permanece em aberto. Seja por interesse científico, vigilância ou qualquer outra razão desconhecida, os registros históricos e contemporâneos indicam que tais fenômenos continuam a desafiar as explicações convencionais.

Redação Vigília

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