Depoimento de antropóloga abriu investigações sobre ataques de óvnis a indígenas no Acre

Depoimento de antropóloga abriu investigações sobre ataques de óvnis a indígenas no Acre
Os Apiwtxa também são conhecidos como Ashaninka do Rio Amônia - Foto: Reprodução Youtube Ashaninka Expedition
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O depoimento de uma antropóloga brasileira fez o Ministério Público Federal (MPF) abrir investigações para apurar supostos ataques de óvnis a indígenas no Acre.

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A informação está em um documento de 65 páginas, disponibilizado nesta segunda-feira, 29/03, pelo pesquisador de Fenômenos Aéreos Não Identificados Rony Vernet, e mostra que questão foi tratada com muita seriedade pelo Procurador da República no Estado, Thiago Pinheiro Corrêa.

Neste primeiro momento o Portal Vigília irá tratar dos avistamentos da antropóloga Carolina Schneider Comandulli, que deu início às investigações. Nas próximas semanas traremos mais informações e a continuação do caso.

Ataques de óvnis a indígenas no Acre

O depoimento de Carolina foi coletado na sede regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Juruá, no Acre, em 30 de janeiro de 2015.

No documento ela conta que esteve na aldeia Apiwtxa (povo também conhecido como Ashaninka do Rio Amônia) entre os dias 20 e 27 de janeiro de 2014 para participar de um Encontro de Povos Indígenas.

No período ela ficou hospedada na casa de Isaac Piyãko, uma das lideranças locais.

Na noite de 24 de janeiro, enquanto jantavam, ela e os outros perceberam a aldeia muito agitada.

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Ao sair viram que os indígenas estavam no terreiro e, ao acompanhar seus olhares em direção ao Rio Amônia, a antropóloga observou dois objetos luminosos que sobrevoavam o rio, a uma altura entre 300 e 500 metros.

Mas este não teria sido o único avistamento estranho.

Indígenas, óvnis e os flashes de luz

Dois dias depois, assim que jantou, de dentro da casa Carolina observou flashes de luz se movimentando no terreiro da aldeia.

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Ela conta que foi para a parte externa averiguar se poderiam ser raios ou outros fenômenos naturais, mas não viu nada.

Como as luzes não apareceram mais, ela entrou e foi dormir em sua rede. Mas, em certo momento, a jovem despertou com uma luz muito forte.

“Neste momento avistei um ponto de luz acima da escada da casa de Isaac, flutuando cerca de meio metro do piso. Busquei verificar se se tratava de alguém carregando uma lanterna, o que não se confirmou”, conta.

Carolina explica que o objeto voava e às vezes realizava pequenos e rápidos deslocamentos de alguns centímetros para cima ou para os lados.

“Deste objeto de luz estavam sendo disparados flashes de luz na direção das redes onde dormíamos”, continua.

Segundo ela, a impressão foi a de que os flashes eram de fotos que estariam sendo tiradas do ambiente em que estavam.

“Fiquei um tanto paralisada com o acontecimento. Virei para o lado e fechei meus olhos na tentativa de voltar a dormir. Desse modo não acompanhei o que aconteceu com o objeto a partir deste momento”, resume.

Depoimento de antropóloga abriu investigações sobre ataques de óvnis a indígenas no Acre

Quem é Carolina Comandulli

Carolina Schneider Comandulli é doutoranda do Departamento de Antropologia da University College London (UCL) e membro do grupo de pesquisa Extreme Citizen Science (ExCiteS) e do Center for the Anthropology of Sustainability (CAOS).

Segundo o site Closer, atualmente ela realiza sua pesquisa na Amazônia brasileira com os Apiwtxa do Rio Amônia.

Antes de iniciar o doutorado Carolina teria passado alguns anos trabalhando para a Funai de Brasília – em diversos cargos – e foi justamente neste período que ela testemunhou as luzes estranhas na aldeia Apiwtxa.

Profissional experiente, conhecedora das origens, evolução, desenvolvimentos material e cultural, psicologia, características, costumes sociais e crenças dos indígenas, a antropóloga parece ter ficado muito assustada com o que viu.

No depoimento dado á Funai ela não fala de óvnis ou qualquer coisa do tipo, e sim luzes ou “objetos de luz”.

A equipe do Portal Vigília tentou contato com Carolina por meio de telefone, e-mail e até redes sociais, mas até o fechamento desta matéria não recebeu retorno.

Investigações e barreiras

O depoimento da jovem foi colhido um ano depois do ocorrido por Luiz Valdenir Silva de Souza, à época coordenador regional da Funai em Juruá e enviado em 02 de fevereiro de 2015 ao Procurador da República no Estado, Thiago Pinheiro Corrêa, que ordenou a abertura de um inquérito investigativo.

Ao Portal Vigília o atual coordenador regional substituto da Funai em Juruá, Jairo José de Magalhães Lima, disse que à época preencheu diversos relatórios sobe o caso e confirmou as luzes avistadas por Carolina, mas disse que não houve ataques aos indígenas, conforme mencionado inclusive pelo Portal Vigília em matérias anteriores (ver abaixo). “O que ela viu foram luzes no meio do pasto”, contou.

Ao ser perguntado como foram as investigações do Ministério Público Federal sobre o caso Jairo irritou-se e encerrou a conversa dizendo que as informações já estariam todas disponíveis nos documentos da LAI.

“Nós cumprimos todas as etapas da Lei de Acesso à Informação. Está tudo lá”, finalizou aparentemente incomodado com o assunto.

O primeiro caso

Para o pesquisador de Fenômenos Aéreos Não Identificados Rony Vernet, que mantém um canal sobre ufologia no You Tube, trata-se do primeiro caso envolvendo óvnis e indígenas brasileiros com documentação oficial do governo liberada por meio da LAI.

“O que mais destaco no processo é a cooperação dos servidores da Procuradoria Geral da República, no Acre, que não pouparam esforços em dar o máximo de transparência ao assunto”, explica.

Ele lembra ainda que os documentos mostram que a Funai, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal também investigaram casos envolvendo óvnis, mas este demorou a aparecer porque os pedidos de informação normalmente são normalmente feitos às Forças Armadas.

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Por fim, ele afirma que o fato possui características bem parecidas com aqueles ocorridos durante a Operação Prato no Pará no final da década de 70, os quais os brasileiros desconheciam.

 

Redação Vigília

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