Eles estiveram em Curitiba
Por Luciane Bodaczny – Especial para a Revista Vigília*
Conhecida por Capital Ecológica, Curitiba, no Paraná, reuniu, entre os dias 03 à 06 de Junho de 1999, alguns pesquisadores de renome na ufologia brasileira e mundial.
O evento contou com relatos dos mais diversos: abduções, mensagens de Ashtar Sheran, Chupa-Cabras e casos clássicos de ufologia científica.
Ademar José Gevaerd, editor da Revista UFO, a única publicação especializada em Ufologia que circula em todo o país, palestrou sobre a importância da casuística ufológica no Brasil e no mundo. “Devemos nos unir para chegamos a um ideal comum”, disse.
Vindo da Suíça, Methusalem Meier (filho do famoso e polêmico contatado Billy Meier) falou sobre suas experiências e as de seu pai. Mostrou também algumas fotos de supostos OVNIs, o que causou grande espanto no público por causa de sua nitidez e aproximação dos objetos. Para muitos, suas fotos não passam de fraudes muito mal-feitas. Porém, Methusalém as defende como sendo autênticas: “Meus contatos foram reais e não tenho porque mentir para as pessoas”.
Sua experiência começou com apenas 5 anos, quando diz ter visto em seu quarto um ser baixo, de mais ou menos 1,20m, pele cinza e grandes olhos alaranjados. Olharam-se cerca de 5 minutos até que Methusalém ficou com medo e se escondeu embaixo dos cobertores e não se moveu até a manhã seguinte. Desde então, até hoje, ele alega que vem mantendo contatos com seres da constelação das Plêiades.
O conferencista mais esperado foi o estigmatizado italiano Giorgio Bongiovanni. Mundialmente conhecido por suas chagas semelhantes às de Cristo, Bongiovanni falou que precisamos tentar unir o mundo para alcançar a paz (leia a entrevista em anexo). Mostrou também vídeos novos e muito interessantes sobre discos voadores monitorando as missões dos cosmonautas russos e americanos. “Eles nunca estiveram completamente sozinhos no espaço”, diz Giorgio.
Sua palestra sobre o Terceiro Segredo de Fátima foi um sucesso, causando espanto em alguns e ceticismo em outros. Há quem diga que esse segredo já vinha sido dito por Nostradamus, muito antes de Bongiovanni vir à tona. “O fato é que precisamos nos concientizar de que a humanidade terá um contato maior muito em breve”, afirma o italiano.
Resta-nos então esperar para ver. O Congresso reuniu também pesquisadores da Argentina e de vários estados brasileiros: Eustáquio Patounas de Santa Catarina, Claudeir Covo de São Paulo, Lúcio Barbosa do Mato Grosso do Sul, Ricardo Varela entre outros.
Bongiovanni e o terceiro segredo de Fátima
Há muito tempo, desde que os segredos da Virgem foram confiados às crianças Francisco, Jacinta e Lúcia em17 de maio de 1917 na cidade de Fátima, Portugal, o mistério que cerca a Humanidade está se assomando a profetizações de um fim do mundo próximo nesta virada de milênio. No entanto, para os pesquisadores portugueses Joaquim Fernandes e Fina d’Armanda, que estudaram essa história até os últimos detalhes, o evento foi puramente ufológico. O ser que as crianças observaram, segundo eles, era extraterrestre.
No entanto, as mensagens desde então foram monopolizadas pelo Vaticano. Isso intriga investigadores, historiadores, religiosos e até mesmo leigos. Em especial, o terceiro segredo, é aquele que é considerado o mais temível e assombroso e que não podia ser revelado nem por qualquer intervenção divina. Entretanto, há alguns anos um italiano vem proferindo o que diz ser esse segredo da Virgem, com o intuito de alertar a humanidade sobre o que pode acontecer se não cuidarmos de nossa mãe Terra e de nós mesmos.
Giorgio Bongiovanni é considerado por muitos uma pessoa iluminada, que traz a fraternidade cósmica. Ele leva a sério sua mensagem de despertar os homens de sua própria catástrofe. Já se encontrou com líderes de quase todo o mundo, dizendo-lhes que é necessário parar com tanta ganância e corrupção.
Sua história começou há dez anos atrás, em 5 de abril, quando alega ter visto a mãe de Jesus pessoalmente. Ela teria surgido numa luz resplandecente e lhe disse: “Giorgio, meu filho, sou Maria. Tú és minha última esperança. Escuta-me, pois tenho que confiar-te uma missão. Prepara-te e tenha fé.”
Desde então, em seus encontros seguintes com a Virgem, ele se iniciou uma preparação para algo que viria ocorrer com o mundo. Em Agosto de 1989, numa peregrinção ao Santuário de Fátima, em Portugal, Maria deu a Bongiovanni uma mensagem de agradecimento e um aviso. Falava que o Apocalipse havia chegado e que ele, Giorgio, receberia um sinal simbolizando o sofrimento e que todos poderiam vê-lo para assim acreditar.
Naquele instante, saíram do peito da mãe de Cristo dois raios de luz atingindo suas mãos que começaram a sangrar abundantemente. Estas foram as duas primeiras de suas seis chagas ou estigmas, espalhadas pelas mãos, pés, peito e testa, essa última em forma de cruz.
Seus ferimentos foram analisados por médicos de todo o mundo e realmente se comprovou que a natureza do sangue das chagas se comporta diferente do resto do corpo. Enquanto que um sangramento normal demora de 2 a 3 minutos para cicatrizar, as de Bongiovanni levam de 7 a 8. As chagas estão sempre abertas e nunca inflamam ou sequer infeccionam e ainda possuem um leve aroma de rosas. “As chagas do meu corpo são iguais às de Cristo”, diz ele, que as têm até hoje.
Em sua recente visita ao Brasil, o estigmatizado e ufólogo disse que o último segredo de Fátima foi recebido por ele de forma individual e diferente. Na sua opinião, a segunda metade do século XX de fato presenciará uma nova guerra. Mas isso só irá ocorrer se não adotássemos uma forma de vida diferente. Caso isso não venha acontecer, milhões de pessoas morreriam. De acordo com ele, esse segredo é a combinação de vários acontecimentos a nível mundial, entre eles o conflito de Kosovo, que seria um estopim para a tão temida Terceira Guerra Mundial. “Dentro desse enredo, os extraterrestres terão papel fundamental, no sentido de ajudarem o povo terrestre a abandonar as práticas de guerra.”, afirma
Contatos ufológicos
Em uma entrevista com Luciane Bodaczny, Bongiovanni disse que nós já estamos tendo contatos com seres de outros planetas e que em nossa época mais recente há evidências que efetivamente são provas físicas de não estamos sozinhos no universo.
Isso já vinha sendo falado desde o século 16 por estudiosos como Galileu Galilei e Copérnico entre outros. Hoje já possuímos provas, testemunhos, fotos e vídeos, confissões de astronautas e militares de que freqüentemente somos visitados por seres alienígenas.
Infelizmente os governos não reconhecem a importância de ser estudado esse tema. As religiões, na opinião de Bongiovanni, não têm competência para abordar tal fato e os governos, principalmente americano e russo, escondem material que comprova a presença alienígena na Terra. Por que o escondem?, se pergunta Giorgio. Por que não trazer ao público o que sabem? Porém há duas indagações mais intrigantes ainda: se os extraterrestres existem, porque não se manifestam? E a outra: se os governos sabem e têm provas, por que não as mostram? Para Bongiovanni, a resposta é bem simples: os alienígenas teriam interesse de se mostrarem à todos, mas não o fazem porque têm medo que sua presença seja traumática e tomada como invasão.
Sociologicamente é compreensível, pois ainda não estamos preparados para um contato maior. Nas palavaras de Bongiovanni: “para mim foi positivo, mas para muitos não”. Pois mudaria totalmente nossos valores, forma de pensar, nossa vida e nossa idéia de religião. Sempre quando uma civilização mais avançada tecnologicamente muda a cultura de uma outra menos evoluída, sua história muda também. Exemplo disso é a colonização das Américas pela Europa, a qual transformou completamente as origens. O mesmo ocorre com a Terra e os extraterrestres. De acordo com as idéias de Bongiovanni, eles estão nos preparando aos poucos para esse encontro. Há, todavia, um fechamento dos governos em relação a isso, pois eles escondem as provas, porque se as revelarem, vão perder todo o poder, quer seja militar, político e religioso. Felizmente não poderão esconder por toda vida, pois já exitem militares e astronautas que viajam pelo mundo falando de seus contatos, desobedecendo o voto de silêncio que fizeram.
Discos voadores e fé
De acordo com a opinião do ufólogo italiano, a Ufologia não é materia de fé. Apesar de ele ser um dos poucos a conseguirem juntar os dois temas, ele alega que a ciência tira todas as evidências fantásticas e deixa só a explicação possível. Quando isto não ocorre, eles dizem que a ciência não explica. É isso que acontece com fotos e videos de naves extraterrestres, pois muitos astronautas russos e americanos confideciaram a Giorgio que não estavam sozinhos durante suas missões.
Para o estigamatizado Giorgio Bongiovanni, é importante para a ciência e a religião se unirem, como ele o fez. Para ele, o mais importante dentro da casuística ufológica é a parte espiritual, pois se esses seres creêm no mesmo Deus nosso, não há porque não aceitá-los como nossos semelhantes.
Todavia, ele alega que Cristo não era extraterrestre, mas que estes seres sim, estão mais desenvolvidos tecnológica e espiritualmente que os humanos e que também se aproximaram de Deus como nós.
Agora fica a pergunta: se um religioso ou um chefe de Estado se encontrasse com um alienígena, será que sua primeira pergunta seria: “Você já viu Deus?”. Giorgio Bongiovanni diz ter a resposta.
Será esse o real segredo de Fátima?
Estudante de jornalismo e membro do Núcleo de Pesquisas Ufológicas do Paraná (NPU), Luciane Bodaczny é a mais nova colaboradora da Revista Vigília