O que a chegada de três missões simultâneas a Marte representa para humanidade?

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O que a chegada de três missões simultâneas a Marte representa para humanidade?

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A comunidade científica mundial está eufórica. Isso porque três espaçonaves de três países diferentes chegam a Marte este mês, dando início ao que os cientistas esperam que seja uma nova e duradoura onda de exploração do planeta vermelho.

As atividades começaram na terça-feira, 9, quando a sonda Hope, dos Emirados Árabes Unidos, entrou em órbita ao redor de Marte, tornando o país a quinta nação a realizar tal feito.

Menos de 24 horas depois, na quarta-feira, um orbitador e um robô lançados pela agência espacial da China chegaram ao planeta vermelho.

Além disso, o rover Perseverance da Nasa tentará pousar na superfície marciana em 18 de fevereiro.

Uma janela para Marte

A proximidade das datas se deve ao fato de que as três missões aproveitaram uma “janela” que se abre de tempos em tempos, na qual a distância entre Marte e a Terra é menor.

Para especialistas, os eventos  reafirmam o quanto o campo da exploração espacial – há muito dominado por EUA e Rússia – está evoluindo.

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É o caso de Robert Zubrin, autor de “The Case for Mars” e fundador da The Mars Society, uma organização sem fins lucrativos que defende a exploração humana do planeta vermelho. Ele diz que as iniciativas são excelentes.

“É notável, e quanto mais, melhor. Quanto mais jogadores houver, mais descobertas haverá”, destaca.

Com as manobras bem-sucedidas das sondas Hope e Tianwen-1, Emirados Árabes Unidos e China ingressam num seleto grupo que hoje já conta, além de EUA e Rússia, também com a Agência Espacial Europeia e Índia.

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Três missões ao planeta vermelho

As descobertas resultantes das investidas podem ser um novo marco para a pesquisa espacial e para a humanidade.

Tanto a missão Tianwen-1 da China quanto o robô Perseverance da Nasa são projetados para procurar por sinais de vida antiga em Marte, estudar a geologia do planeta e procurar vida microbiana fossilizada.

O orbitador Tianwen-1 foi projetado para circundar o planeta vermelho e mapear a superfície marciana usando um instrumento de radar que pode medir as propriedades do solo e do gelo.

Se tudo ocorrer bem no mês de maio a China então tentará pousar seu robô no planeta.

Entretanto, ao contrário das missões chinesa e americana, a Hope não pousará em Marte. Em vez disso, ficará na órbita por pelo menos um ano marciano (687 dias) para explorar a atmosfera do planeta vermelho.

Sete minutos de terror

Antes da tentativa de pouso do robô chinês o rover Perseverance da Nasa tentará pousar em Marte usando um guindaste celeste semelhante o que baixou o rover Curiosity até a superfície marciana em 2012.

Naquela época, a manobra estressante era conhecida como os “sete minutos de terror”.

O explorador robótico do tamanho de um carro, lançado no final de julho de 2020, está equipado com sete instrumentos científicos para estudar a geologia e o clima de Marte.

Além de procurar por sinais de vida antiga, a missão Perseverance testará tecnologias inovadoras no planeta vermelho.

Os rovers e uma nova era para a exploração

O rover da Nasa está carregando um pequeno helicóptero projetado para realizar voos de teste experimentais na fina atmosfera de Marte.

Se for bem-sucedido, será um marco importante no voo motorizado e poderá inaugurar uma nova era de exploração do planeta vermelho.

“Simplesmente não há comparação entre os rovers de superfície e a capacidade superior dos veículos de voo”, diz Zubrin.

“Rovers podem viajar algumas centenas de metros por dia, mas um helicóptero pode fazer isso em alguns segundos. Imagine ser capaz de atravessar qualquer terreno, entrar em cânions, pousar no fundo e voar para fora dele. É simplesmente fantástico o que isso poderia fazer pela exploração de Marte”, finaliza.

Com informações da BBC, G1 e El País

Redação Vigília

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