“Cubo” ou “Cabana Misteriosa” na Lua afinal era… uma rocha

“Cubo” ou “Cabana Misteriosa” na Lua afinal era… uma rocha
De Cabana Misteriosa a Coelho de Jade, uma rocha na Lua (Crédito: Agência Espacial Chinesa -CNSA)
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É fácil lembrar de filmes, frases de autoajuda e manuais de RPG que tentam nos convencer de que o que conta não é o destino, mas a jornada. E este parece que foi o caso da quixotesca busca do rover chinês Yutu-2 atrás de sua espécie de dragão “cabana misteriosa”. O destino final não surpreendeu a maioria dos astrônomos e especialistas na geologia lunar: o tal “cubo” fotografado a uma distância de cerca de 80 metros era na verdade… uma rocha.

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O importante na busca foi justamente o processo. O perfil “Nosso Espaço” (em tradução livre) no Weibo (uma espécie de Twitter chinês), com informações da Agência Espacial Chinesa (CNSA), deu os detalhes da operação.

Segundo ele, ansiosos como o resto do mundo para descobrir do que se tratava, os técnicos no controle da missão quebraram a cabeça para encontrar formas de encurtar o tempo de chegada até a “cabana” e esclarecer o mistério. A curiosa imagem havia sido apresentada pela primeira vez no início de dezembro do ano passado.

A curiosa estrutura na Lua registrada pelo rover Yutu-2 lembrando um cubo ganhou o apelido de cabana misteriosa (Foto: Agência Espacial Chinesa -CNSA)
A curiosa estrutura na Lua registrada pelo rover Yutu-2 lembrando um cubo ganhou o apelido de cabana misteriosa (Foto: Agência Espacial Chinesa -CNSA)

A previsão inicial era de que a chegada ao local demoraria de dois a três dias lunares. Considerando que cada dia lunar equivale a pouco menos de um mês terrestre, a dúvida poderia se arrastar por até três longos meses. Parte desse tempo no escuro, o rover precisaria hibernar e não poderia se mover. Mas, ao contrário da expectativa, um mês foi o suficiente.

“Para descortinar o véu da ‘casa misteriosa’ o mais rápido possível, os pilotos [do rover] trabalharam duro antes de Yutu acordar. Eles quebraram a cabeça para estudar como fazer Yutu se mover o mais rápido possível sob a premissa de garantir a segurança do equipamento”, informou o site “Nosso Espaço”.

Quem primeiro trouxe a notícia ao mundo ocidental foi Andrew Jones, especialista no programa espacial chinês que escreve para o site SpaceNews. Também havia sido ele o primeiro a divulgar por esses lados a descoberta da curiosa pedra.

“A atualização da ‘Casa Misteriosa’ é tão decepcionante que chega a ser brilhante”, escreveu Jones em um post Twitter.

A rocha ganhou dos chineses um novo apelido, por causa de sua aparência: Coelho de Jade.

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Segundo o “Nosso Espaço”, durante o período de hibernação os especialistas de missão chineses fizeram várias simulações e ajustes considerando o terreno irregular da Lua, as variações de temperatura do satélite e do rover, os possíveis obstáculos do trajeto até a pedra e o ângulo de registro da câmera.

Todos os cálculos visaram imprimir a maior velocidade possível ao robozinho e o melhor enquadramento do objeto. O resultado foi alcançado no dia 6 de janeiro de 2022, dia em que o Yutu-2 superou a marca total de 1km de deslocamento desde que pousou na Lua.

Dia 11 de janeiro marcará o terceiro aniversário de lançamento do rover Yutu-2 e seu módulo de pouso Chang’e 4.

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Redação Vigília

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